Até que ponto as lideranças globais poderão contribuir para a evolução dos veículos elétrico?
-
foto: divulgação
em 2007 o presidente george w. bush declarou que a américa do norte era viciada em petróleo. ele não estava sozinho nesta visão, pois especialistas em segurança nacional, economistas, e outras lideranças dos estados unidos afirmavam o mesmo.
a dependência do petróleo estrangeiro exige dos países importadores habilidade política para lidar com a situação, além de grande esforço militar e financeiro para proteger as frotas marítimas de transporte de combustíveis em águas internacionais.
naturalmente, o mundo todo sabe que precisa reduzir esta dependência, pois além de poluir enormemente o planeta, as reservas mundiais estão reduzindo a cada dia mais os custos de prospecção aumentando e preços dos seus derivados subindo.
diante deste quadro, uma boa estratégia para evitar a dependência do petróleo é o desenvolvimento e a produção de tecnologia avançada de veículos elétricos, que ainda de sobra, oferece o benefício de ?não poluir? ou poluir menos do que aqueles equipados com motores a combustão.
por exemplo, apesar de incipiente, em torno de 1.270 veículos elétricos são vendidos diariamente nos estados unidos. ainda, não há abundância de estatísticas globais sobre a venda deste tipo de mobilidade, mas globalmente sabe-se que o número é expressivo. aliás, espera-seque ela se desenvolva enormemente nas próximas décadas.
atualmente, os estados unidos lideram a fabricação de carros elétricos, tendo como os principais modelos o chevrolet volt e o nissan leaf que são produzidos e vendidos no seu mercado interno. de acordo com o bloomberg new energy finance, comparando as nações, os estados unidos dominam as vendas de veículos elétricos e poderá expandi-la ainda mais, se investir adequadamente e desenvolver políticas nacionais eficientes neste setor.
porém, não basta o esforço apenas dos estados unidos. é preciso haver unidade das lideranças mundial, ações orquestradas e maior envolvimento global para que cada nação se organize e exija dos governos municipais, estaduais e federal medidas pontuais. como por exemplo, incentivo ao uso da mobilidade elétrica, desenvolvimento de infraestrutura de apoio ao usuário, investimento em pesquisa, regulação e recursos adequados para atrair novos investidores ao setor. consolidada esta fase, os fabricantes globais terão as condições ideais para priorizarem a mobilidade elétrica e híbrida.
o fato é que o envolvimento de grandes nações, a exemplo dos estados unidos, china, japão, frança, coréia entre outros, é fundamental para o sucesso deste tipo de veículo. pois, juntos eles deverão liderar a evolução da tecnologia das baterias e desenvolver os melhores projetos veiculares. tudo isso contribuirá definitivamente para reduzir os custos e elevar a participação deles globalmente. aliás, escrevo este artigo a bordo de um trem elétrico de alta velocidade ligando beijing à shanghai.
finalmente, fica o alerta para que as dificuldades financeiras e econômicas vividas pelos estados unidos e países europeus, não seja motivo para que os lideres mundiais abandonem ou reduzam os esforços para o desenvolvimento deste setor. é preciso levar em conta, sobretudo, que os benefícios econômicos e ecológicos que serão colhidos pelos futuros habitantes deste planeta, depende enormemente das ações adotadas pelas atuais lideranças globais, especialmente os países retrocitados.