Avaliação “ chevrolet aveo g3 lt 2012
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montevideo, uruguai - em uma viagem de férias para o uruguai, escolhi alugar e avaliar um chevrolet aveo, carro que nunca foi vendido em solo brasileiro, mas possui características similares a muitos modelos que estamos acostumados. no posicionamento de mercado e preço, o aveo g3 é similar ao cobalt, já que ambos estão posicionados um patamar abaixo do sonic sedã (que é a evolução natural do aveo). o aveo g3 foi lançado em 2012 como um face-lift do aveo original, que oferecia um visual pouco moderno em relação aos novos carros da chevrolet. mas afinal, será que o carro teria lugar em nosso mercado?
fabricado no méxico, o aveo g3 é vendido no uruguai em duas versões, ls e lt, ambas equipadas com um motor 1.6 16v e-tec ii à gasolina, que rende 103 cv @ 5800 rpm de potência e entrega 14,8 kgfm @ 3600 rpm de torque. são números tímidos em relação aos motores 1.6 à venda no brasil. e isso se traduz em certa morosidade no trânsito, aonde o motor só mostra força para puxar os 1.310 kg do carro assim que o conta-giros belisca as 4.000 rotações. acima desse valor o ronco do motor invade a cabine, e a condução fica mais alegre.
logo ao entrar no carro, nota-se o excelente conforto dos largos bancos, que apoiaram meu corpo de medidas generosas sem dificuldade. o espaço interno também é bom, inclusive nos bancos traseiros, aonde pude apoiar muito bem pernas e cabeça. já no acabamento, o aveo g3 é um carro de contrastes nessa versão mais completa. nota-se isso pelo belo rádio com capacidade para 6-cds no painel, mas a contrapartida vem no ajuste dos retrovisores, que é manual. os bancos são apaixonantes, típicos de modelos premium, mas não existe regulagem de altura do assento, nem dos apoios de cabeça. computador de bordo? bluetooth? nem em sonho.
os plásticos do interior são duros, por todo lugar, mas são de boa qualidade e bem encaixados. nas portas há dupla vedação de borracha, o que permite um rodar silencioso. a posição de dirigir é um pouco alta para o meu gosto, mas o conforto em viagens longas é muito bom. o conforto acústico também está em um alto nível, visto que rodando a 110 km/h nas estradas de concreto do uruguai, não se ouve ruído dos pneus com o solo ou ruído aerodinâmico. uma falha aerodinâmica interessante está na antena pouco rígida, que no modelo avaliado começava a bater forte no teto do carro acima de 130 km/h, funcionando como um tipo de alerta de velocidade bem rústico.