Ar rarefeito: gp do méxico pode ter recorde de velocidade
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os carros de f1 devem igual, ou até mesmo exceder, as velocidades máximas da temporada, registradas em monza
como o circuito hermanos rodríguez está localizado a 2,2 mil metros acima do nível do mar, o ar é menos denso e deve provocar um grande efeito na performance aerodinâmica dos carros. a análise dos dados indica que se os times conseguirem aumentar a rotação dos motores acima do que fazem normalmente, há uma chance que as velocidades ultrapassem as registradas em monza e fiquem acima dos 355 km/h.
e o mais surpreendente: as grandes velocidades podem ser atingidas mesmo com os times optando por uma regulagem de alta downforce. isso poderá ocorrer justamente pelo fato de o ar ser menos denso e fornecer menos arrasto para o carro.
o diretor da mclaren, eric boullier, confirmou a possibilidade, em entrevista ao : “é verdade que a gente possa ver carros com muito downforce, mas com as velocidades máximas semelhantes às de monza.”
o diretor técnico da lotus, nick chester, acredita que a redução no arrasto irá acarretar velocidades máximas, especialmente na reta principal do circuito:
“o ar menos denso fornece menos downforce do que observamos no nível do mar. por causa disso, nós talvez possamos ver algumas velocidades incríveis na reta de largada e chegada. o ar menos denso também significa que você não consegue refrigerar tudo o que quer refrigerar, como acontece em terrenos mais baixos”, disse.
desafio para os motores
o ponto chave da questão é se os motores conseguirão entregar o máximo de potência, mesmo com a altitude. o chefe dos engenheiros de corrida da mercedes, andrew shovlin, admite que o gp do méxico pode ser um teste “extremo” para os motores.
“o méxico nos apresentará alguns desafios únicos para o nosso óleo de motor. a altitude elevada significa que teremos um resfriamento muito baixo, então será um circuito com condições extremas”, disse.